Bem vindos Levitas Adoradores

Este blog é direcionado para levitas, adoradores que compreendem a necessidade buscar a Deus de uma forma intensa a cada dia em seu encontro diário com além. Este blog é para quem Deus procura como está escrito em joão 4.23 "Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.". Se vc é um destes que Deus procura seja bem Vindo ao meu Blog.
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Leia a Bíblia, não apenas como história, mas como uma carta de amor escrita por Deus para você!!!!!
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BÍBLIA : o ato de crer nela me torna salvo, o ato de entender me torna sábio, mas o ato de praticar me torna santo!!!!!!!
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Louvar é o crente se encantar com a beleza do caráter de Deus!!!
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A qualidade da adoração no culto não se baseia em quantas pessoas levantam as mãos ou dançam, mas sim quantas sentem a presença de Deus !!!!!
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O ato externo da adoração, consistindo de gestos corporais, palavras e sons, é a parte mais fácil da religião e menos contrária aos nosso desejos

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

A adoração de Isaías: um exemplo para nós

Um dos maiores exemplos de adoração que encontramos na Palavra de Deus está em Isaías 6, 1-7. Este texto nos revela atitudes que devemos ter quando estamos diante de Deus: Ter temor de Deus, reconhecer o pecado, ser sincero com Deus e dar atenção somente a Deus.

Algo que nos chama a atenção nesta visão de Isaías é a maneira como os anjos se comportavam diante do Senhor. "Os serafins estavam acima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobriam os seus rostos, e com duas cobriam os seus pés e com duas voavam." (vers. 2) Por que os serafins cobriam seus rostos e pés, se eles são seres santos, que ministram louvor a Deus sem cessar?! Por que eles cobriam os rostos: Os serafins cobriam os rostos porque não estão acostumados com a glória de Deus e não se acham dignos de olhar para o Senhor. Por que eles cobriam os pés: Os serafins tapavam os pés como um sinal de reverência e respeito diante de Deus. Esta passagem nos ensina o quanto devemos ter reverência na presença de Deus, pois os próprios serafins, que são seres santos e puros, temem a Deus a ponto de se acharem indignos de estarem em Sua presença. Claro que temos liberdade para adorar a Deus, mas muitas vezes deixamos de nos admirar com a presença de Deus. Tratamos a Deus como um ser comum e depois não entendemos porquê não conseguimos mais sentir a presença do Senhor. Um exemplo disso é a falta de reverência que apresentamos inúmeras vezes quando chegamos na igreja antes de um culto ou celebração. Quantas vezes entramos na casa de Deus e corremos para conversar com os irmãos ou afinar os instrumentos e só vamos falar com Deus quando o culto já "começou"?! A primeira coisa que devemos fazer ao chegar na casa de Deus é orar pedindo misericórdia ao Senhor!

Reconhecer o pecado:

No instante em que Isaías percebe que está diante de Deus, ele, imediatamente, reconhece e confessa o seu pecado. Às vezes achamos que confessar pecados e adorar a Deus não estão relacionados, mas isso não é verdade. Muito pelo contrário, o arrependimento está intimamente ligado à adoração. Se nosso coração não estiver quebrantado, estaremos apenas louvando a Deus da boca para fora. Não adianta nada chegarmos na igreja e começarmos a louvar, erguer as mãos e glorificar a Deus, se estamos cheios de pecados não confessados.

Sinceridade na presença de Deus:

Ser sincero com alguém é falar a verdade, não esconder nada e se mostrar como você é. Quase sempre temos vergonha de falar para Deus quem nós somos de verdade. Queremos aparecer limpos e puros diante do Senhor, mas esquecemos que é Ele quem nos limpa e purifica. Precisamos chegar a Deus sujos e mostrar a Ele nossa sujeira, para que Ele possa nos lavar e, aí sim, estaremos limpos. Foi exatamente o que Isaías fez! Ele mostrou a Deus quem ele era: "... sou um homem de lábios impuros..." Deus conhece o nosso coração, por isso não devemos esconder nossas falhas diante Dele. Pode parecer difícil, mas temos que chegar para Deus e falar: "Senhor, eu sou um invejoso", ou "Meu Deus, eu sou uma fofoqueira." Seja qual for o nosso erro, devemos declará-lo para Deus, pois só depois que Isaías assumiu a sua falha é que ele foi transformado.

Ser sincero com Deus também é ser simples. Isaías podia ter dito muitas palavras bonitas ao Senhor, mas ele foi simples e expressou o que realmente estava em seu coração: "Ai de mim, estou perdido!" (vers. 5) Diante da grandeza de Deus, não adianta querermos falar bonito e tentar impressionar a Deus. Deus quer simplicidade e sinceridade e não palavras bonitas! Também temos que dizer a Deus aquilo que queremos realmente. Ser sinceros quando pedimos algo a Ele. Não minta para Deus! Por exemplo, se você quer aprender a tocar guitarra muito bem, peça para Deus te ensinar a tocar muito bem! Não fique dando uma de modesto para Deus pois Ele, mais do que ninguém conhece o seu coração.

Dar atenção somente a Deus:

Quando Isaías recebeu aquela visão de Deus, ele viu muitas coisas: viu os serafins, viu as colunas do templo tremerem, viu a fumaça que encheu o lugar... Mas quando ele avistou o Senhor, sentado sobre seu trono, ele não deu atenção a mais nada, apenas ao Senhor! Tanto que ele afirmou: "Ai de mim, estou perdido! Porque sou um homem de lábios impuros e habito no meio de um povo de impuros lábios: e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!" (vers. 5) O profeta poderia ter relatado todas as outras coisas que tinha visto, mas o que tomou toda a atenção dele foi a visão do Deus Todo-Poderoso! Foi depois de ver a Deus é que Isaías se reconheceu como pecador. Temos que dar mais atenção à Deus do que às bênçãos Dele! Direcione toda a sua atenção ao Senhor, assim como fez Isaías.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

AS CRIANÇAS NOS ENSINAM A LOUVAR

Jesus nos diz que precisamos louvar como as crianças louvam.
Ele se encantou com elas, embora suas vozes estivessem ainda em formação. Eis a história: Jesus estava entrando em Jerusalém, "mas quando os chefes dos sacerdotes e os mestres da lei viram as coisas maravilhosas que Jesus fazia e as crianças gritando no templo: “Hosana ao Filho de Davi”, ficaram indignados, e lhe perguntaram: “Não estás ouvindo o que estas crianças estão dizendo?” Respondeu Jesus: “Sim, vocês nunca leram: ‘Dos lábios das crianças e dos recém-nascidos suscitaste louvor’”? (Mateus 21.16). Conhecedor do Antigo Testamento, Jesus citou o Salmo 8.2, que diz: "Dos lábios das crianças e dos recém-nascidos firmaste o teu nome como fortaleza, por causa dos teus adversários, para silenciar o inimigo que busca vingança".
Por que esta honra, por parte de Jesus, às crianças?
É porque com as crianças aprendemos:
. O louvor não é uma técnica; antes, é a linguagem do Espírito Santo que flui através de nós. Este é o perfeito louvor, que não exclui o treino, mas o treino é secundário (primária é a atitude, própria de quem deixa o Espírito Santo fluir na sua vida.). O louvor é o poema de Deus se expressando por nosso intermédio; apenas declamamos o poema que o Espírito Santo compõe.
. O louvor nasce da dependência de Deus. As crianças (especialmente as de peito) relaxam quando são alimentadas. Devemos cantar como elas cantam, como os pássaros, que cantam quando são alimentados. Quando relaxam as crianças (ou cantam os pássaros), estão se alegrando na dependência de Deus.
. O louvor, por isto mesmo, é sempre uma ação de graças. Não louvamos para ensinar a Deus ou ao crente; louvamos para agradecer a Deus. Não louvamos para pedir algo a Deus; louvamos para dar graças a Deus. Não louvamos para ser abençoados; louvamos porque somos abençoados e, abençoados, reconhecemos que foi Deus quem fez e, reconhecendo, cantamos.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

O porquê da Adoração



Em Mateus 4:10, durante sua tentação, Jesus diz ao diabo – “ao Senhor Teu Deus adorarás e só a Ele darás culto” usando as palavras da Lei em Êxodo 20:4 e 5, quando Deus ordena ao povo de Israel: Só a Ele adoração e o culto.

O constante desígnio de Satanás é roubar aquilo que é devido a Deus – a adoração. Mesmo sabendo que fomos feitos para louvor e glória do Deus vivo, (Ef. 1:12 – a fim de sermos para louvor da sua glória, nós os que de antemão esperamos em Cristo)., o inimigo tem tentado de todas as formas deturpar o culto a Deus, limitando-o em formas e costumes em acordo mais com culturas e padrões humanos do que com o coração de Deus, assim foi com o povo de Israel, depois com a Igreja. Sutilmente a idolatria à imagens e ídolos foi se infiltrando no culto da cristandade e foi assim corrompendo o entendimento dos líderes e crentes em geral. A forma pagã e judaica de templo foi sendo imposta à Igreja fazendo assim que os templos vivos que somos nós os redimidos (I Cor 3:16), lugar da verdadeira adoração fossem reduzidos a simples membros na maioria “leigos“ que por dezenas de séculos de escuridão e inoperância foram dependentes de um sacerdócio externo para cultuar a Deus, de geração em geração, homens, imagens e ídolos de todas as formas se colocaram como intermediários daqueles que podem achegar-se com intrepidez ao Santo dos Santos através do novo e vivo caminho que é Jesus. (Hb.10:19 a 22)

Porém hoje o Pai está restaurando toda a verdade e isto diz respeito também a nossa vida de relacionamento com Ele, e a intermediação tem acabado, pois Cristo Jesus nosso único mediador tem levado a Igreja a um entendimento nesta área e por todo o mundo tem surgido um novo culto de verdadeira adoração àquele que é digno, Jesus que disse, “ninguém vem ao Pai senão por mim”. Jo. 14:6.

Quando portanto Jesus focaliza ao Pai está focalizando também a si mesmo (quem vê a mim vê ao Pai – Jo.14:9) e está focalizando também ao Espírito Santo (Jo.14:26) . A trindade Santa portanto, são o foco da nossa adoração e a Eles nos achegamos com liberdade e amor.

Já fiz diversas vezes a pergunta porque devemos adorar a Deus?

Esta pergunta invade o meu coração pelo fato de entender que Deus é suficiente em Si, não apenas em sua grandeza e majestade, mas em tudo. Apesar de sabermos que Deus se alegra com nossa adoração e obediência e se entristece com o pecado, se ira com a idolatria, seu coração não necessita de nada para que seja completo, não precisa de nossos sacrifícios de louvor e de nossa adoração para ter alegria e sentir-se feliz, não precisa de nossas expressões de amor para sentir-se amado pois Ele é o próprio amor, ( I Jo 4:8). Antes de que cada um de nós existíssemos Deus já existia em sua plenitude e era completo, e o Filho e o Espírito Santo participavam desta plenitude eterna. Em Cl 1:16, falando da criação diz que “Nele (em Cristo e junto com Cristo) foram criadas todas as coisas nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias”.

Ele é junto com o Pai e o Espírito Santo a fonte e a plenitude de todas as coisas, inclusive de todo louvor , toda a adoração, toda a alegria e júbilo. Por isso Jesus disse que Deus não procura adoração, pois adoração ele tem no céu (Is. 6 1 a 3). Deus procura por seus filhos, seus adoradores.(Jo. 4:23)

O que vem ao meu coração ao meditar sobre isto é que acima de tudo existe algo na adoração que é de vital importância não para Deus, mas para os adoradores, ao ponto de Deus em sua onisciência e auto suficiência estar procurando por adoradores que o adorem em espírito e em verdade. Adoração (comunhão) é um precioso elo entre a criatura e criador. Tudo está na atitude do adorador, no livre arbítrio que temos para optarmos em sermos ou não adoradores.

Deus nos deixou esta opção. Ele governa todas as coisas e poderia Ter feito de toda a criação seus adoradores assim como são os anjos, mas nos deixou a opção de o sermos ou não. Ao optarmos por Cristo, optamos por Deus.

Esta é a grande brecha da maioria das religiões que querem adorar a Deus, falam até mesmo de vida eterna, porém sem o sacrifício de Jesus. O adorador é aquele que faz uma opção por Deus, optando por Jesus e pelo seu reino, opta em Ter comunhão com Deus, comunhão esta que não é imposta por vontade divina mas é uma livre opção de amor. A parte de Deus é completa e perfeita seu amor por nós é inquestionável, porém ele espera por cada um de nós quando através de Cristo por obra do Espírito Santo que enche nosso coração do Seu amor revelado a nós por pela plenitude de Jesus e depois retorna para Ele. A verdadeira adoração é uma opção deste abrir-se ao amor divino, feita por cada um de nós, se não fosse assim porque Deus estaria procurando verdadeiros adoradores? Qual é a nossa opção? Deus governa sobre todas as coisas, menos sobre a nossa opção por adorá-lo ou não. Deixa para nós esta única e pequena atitude. Optarmos ou não por amá-lo e adorá-lo. Adoração é algo que satisfaz e alegra a Deus, mas beneficia também ao homem , pois este ao optar por Deus está cumprindo a sua parte neste enlace de amor. Adoração emana do amor. Deus quer ser amado por nós. O que trás eficácia na adoração é o amor. O que dá conteúdo as nossas expressões de adoração é a nossa vida de amor expresso em aliança e compromisso para com Deus e o seu reino nesta aliança de amor.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

2Crônicas 20.1-37: ADORAÇÃO E VIDA PARTE 3 - 06/01/2009

3. Adorar a Deus é ouvir Deus falar.
Quando ficamos diante de Deus, Ele fala conosco. A adoração nos capacita para a vida. Portanto, a adoração a Deus é didática.
Este é outro critério para julgarmos o nosso culto. Adoramos? Seja em particular, seja no culto público, devemos nos perguntar: O que Deus nos falou hoje? Pode ser pela mensagem, pela música, pela voz silenciosa no coração. O que importa é se Ele falou.
Na adoração Deus fala conosco. E o que nos fala?
Nesta história, lemos que o profeta Jaaziel pregou: "Escutem, todos os que vivem em Judá e em Jerusalém e o rei Josafá! Assim lhes diz o Senhor: ‘Não tenham medo nem fiquem desanimados por causa desse exército enorme. Pois a batalha não é de vocês, mas de Deus. (...) Vocês não precisarão lutar nessa batalha. Tomem suas posições, permaneçam firmes e vejam o livramento que o Senhor lhes dará, o Judá, o Jerusalém. Não tenham medo nem desanimem. Saiam para enfrentá-los amanhã, e o Senhor estará com vocês’" (versos 15-17).
Adoração dá ânimo à vida. Você anda com medo? Adore a Deus. Você anda desanimado? Deixe Deus falar ao seu coração enquanto presta culto a Ele, em casa ou no templo. Você contempla a Deus, mas Ele não está mudo.
Quando adoramos a Deus, somos corrigidos por Ele. A graça inclui a disciplina.
Josafá, o grande Josafá (que diremos de nós, tão pequenos!), tinha algo a ser corrigido na sua vida. São assim os heróis da Bíblia, verdadeiros como nós devemos ser.
Josafá, por medo ou por comodismo, não reformou por completo a religião. Como o povo gostava de adorar aos ídolos (é assim em todos os tempos, até hoje), o rei deixou os altares para ali se satisfazerem. Como resultado, o povo não se converteu a Deus; logo após a morte do rei, afundou-se por completo na lama da idolatria.
Josafá, por auto-confiança e falta de humildade, deixou de confiar em Deus para a vitória e passou a confiar na sua própria força. Por isto, fez um acordo operacional com seu vizinho, o ímpio Acazias, que governava o reino de Israel, no norte. Os dois se juntaram para construir navios mercantes. O problema é que Acazias não temia a Deus, como Josafá temia. O problema é que ambos estavam permitindo que o poderio tecno-econômico lhes subisse ao palácio. Deus não recusa o crescimento tecno-econômico; Deus recusa a soberba que pode acompanhar o crescimento, seja ele profissional ou financeiro, porque a soberba antecede a queda. A Bíblia ecoa esta exortação ("Quando vem o orgulho, chega a desgraça, mas a sabedoria está com os humildes" -- Provérbios 11.2; "O orgulho vem antes da destruição; o espírito altivo, antes da queda" -- Provérbios 16.18). Por isto, frustrou o projeto. (Conforme lemos, o profeta Eliézer (...) profetizou contra Josafá, dizendo: `Por haver feito um tratado com Acazias, o Senhor destruirá o que você fez'. Assim, os navios naufragaram e não se pôde cumprir o tratado comercial". -- verso 37).
A advertência de Eliézer é para nos lembrar que nosso louvor deve ser só para Deus, não para nenhum Acazias poderoso. Nosso louvor é para Deus, não para nós mesmos, não para nossas causas, não para coisas, não para pessoas.
Devemos cuidar para que outros deuses não ocupem nossos "altares" de adoração. Para adorar, precisamos vigiar, para que não confiemos em nós mesmos ou em nossa tecnologia. E esta é a área de maior perigo. Adorar é perigoso. A adoração pode se tornar idolatria. Adoração a Deus demanda integridade diante de Deus. Podemos adorar a Deus sem integridade. Podemos adorar a Deus e ter outros deuses no bolso, para uma necessidade que, quem sabe, Deus não deve ser consultado, até porque já conhecemos Sua expressa vontade como apresentada em Sua Palavra.

2Crônicas 20.1-37: ADORAÇÃO E VIDA PARTE 2 - 05/01/2010

2. Adorar é reconhecer Quem Deus é.
Parece que toda a Bíblia tem um só objetivo: mostrar-nos quem Deus é. Quando sabemos disto, nossa vida caminha sobre os trilhos da paz.
Quando a Bíblia exalta a Deus é para que nós O reconheçamos. Se precisamos de Deus e sabemos Quem Ele é, conhecemos suas promessas e nos alimentamos do que Ele é. Diante do perigo, Josafá adorou a Deus, reconhecendo: "Senhor, Deus dos nossos antepassados, não és tu o Deus que está nos céus? Tu dominas sobre todos os reinos do mundo. Força e poder estão em tuas mãos, e ninguém pode opor-se a ti" (verso 6). O Deus que fez faz.
Quando exaltamos a Deus, reconhecemos nossa própria finitude. Esta tensão é indispensável. Gosto da sinceridade de Josafá, que deve ser a de todo adorador: "não temos força para enfrentar esse exército imenso que vem nos atacar. Não sabemos o que fazer, mas os nossos olhos se voltam para ti" (verso 12). Suas palavras refletem seu coração. Ele sabia Quem Deus era e quem ele era. Por isto, prostrava-se diante dEle (verso 18). Adorar é prostrar-se para exaltar a Deus (verso 17). O contrário é exaltar-se para negar a Deus.
É por isto que adorar a Deus é ficar diante dEle (verso 13), seja para exaltá-lO, seja para buscar o Seu socorro. Este é outro critério para avaliarmos o culto que oferecemos a Deus: ficamos diante dEle, ou apenas diante dos amigos?
A adoração a Deus nos realiza esteticamente, mas não é este o seu objetivo. Quando Josafá organiza os levitas, ele o faz para que participem da guerra, adorando a Deus e levando o povo a adorar este Deus. A estética é uma dimensão humana. E o humano gosta de ver. O que se vê é espetáculo. A permanente questão é se a adoração, no caso, um culto em que se adora a Deus, pode ser visto como espetáculo. Pode, mas não será mais adoração. Será espetáculo. Aqueles que participam de um culto na função de liderança (instrumentistas, regentes, coristas, que tanto se esforçam, à beira até do sacrifício) devem aprimorar o que fazem, no mesmo nível de um espetáculo, mas eles não tocam, regem ou cantam para serem vistos por uma platéia, embora sejam contemplados por ela; seu alvo é outro; seu alvo é levar a platéia a contemplar Deus em sua amorosa grandeza. Um crente pode participar de um evento; participará de um espetáculo, se ouvir ou ver; participará de um culto, se, ouvindo ou vendo, cantando ou tocando, reconhecer a sua finitude e perceber a infinitude de Deus. É a consciência da nossa pequenez que nos lança para cima. Um espetáculo é aferido por sua beleza e harmonia; um culto é aferido por sua beleza e harmonia e também pelo tipo de impacto que provoca na vida do adorador. Se, ao adorarmos, reconhecemos a majestade de Deus, então adoramos.
Adoramos a Deus quando agradecemos por suas ações em nossas vidas. Quando o exército de Josafá recebeu o triunfo das mãos de Deus, no meio do caminho, de volta para casa, e antes que algum general reescrevesse a história para roubar a cena para si, houve uma pausa essencial: "No quarto dia eles se reuniram no vale de Beraca, onde louvaram o Senhor. Por isso até hoje esse lugar é chamado vale de Beraca" (verso 26). Em lugar de emendarem uma luta com outra, eles pararam para agradecer. Neste sentido, o momento mais elevado da adoração é a gratidão pela(s) bênção(s) recebida(s). A bênção recebida é uma prova de quem Deus é. A bênção agradecida é uma prova de que Deus agiu. O poder de Deus é contagiante. O louvor a Deus tem que ser algo contagiante

2Crônicas 20.1-37: ADORAÇÃO E VIDA - 04/01/2010.

1. Adorar a Deus é buscar a Deus.
Coerente com sua vida de adoração, mesmo alarmado, Josafá buscou a ajuda de Deus, por meio da oração e do jejum. O capítulo é a narrativa de uma vitória de Deus na vida do seu povo. Toda vitória nossa, para receber este nome, é vitória de Deus em nós. Nossa vitória é Deus ou não é vitória.
A vitória foi buscada por meio da adoração e por vários meios. A adoração a Deus inclui a música vocal (congregacional e coral [com o coro dos levitas -- versos 21 e 22] ou instrumental [com liras, harpas e cornetas -- verso 28], mas não exclui outras modalidades, como oração (verso 6) e jejum (verso 3) e cultos públicos (versos 5 e 28).
A adoração a Deus se realiza em muitos lugares, embora não precise de lugar algum. Foi por isto que Jesus disse à mulher samaritana que não havia um monte especial para adoração; o monte da adoração é onde estão dois ou três reunidos em nome de Jesus. Por isto, a adoração pública começa no culto particular, aquele que prestamos sozinhos, em casa, na rua, no trabalho.
A biografia de Josafá é a de um homem que buscava a Deus. O povo de Israel estava em paz, quando a guerra chegou. O rei ficou alarmado. A fidelidade Josafá não impediu que as dificuldades surgissem. A adoração a Deus, portanto, não nos protege dos problemas da vida. Alguns nos deixam apavorados, tão graves são. Isso pode nos acontecer a qualquer momento. Então, geralmente nos perguntamos: por que comigo, Senhor, se lhe tenho sido fiel?
Diante das guerras da vida, devemos adorar a Deus, até por causa dessas guerras.
Adoração não pode ser um intervalo na vida. Adoração não é só para quando a guerra vem, mas deve ser uma atitude que nos deixa preparados para a guerra. Adoração a Deus é amizade com Deus. Neste texto, Abraão foi chamado de amigo de Deus (verso 7). A referência faz eco à voz de Deus em Isaías (“Você, porém, oh Israel, meu servo, Jacó, a quem escolhi, vocês, descendentes de Abraão, meu amigo" -- Isaías 41.8) e ao ensino de Tiago ("Cumpriu-se assim a Escritura que diz: `Abraão creu em Deus, e isso lhe foi creditado como justiça' e, e ele foi chamado amigo de Deus" -- Tiago 2.23).
Adoramos para melhorar nossa amizade com Deus. Se o culto, particular ou público, nos tornou mais amigos de Deus, foi um culto a Deus. Este é um dos critérios para avaliarmos o culto que oferecemos ao Senhor.