3. Adorar a Deus é ouvir Deus falar.
Quando ficamos diante de Deus, Ele fala conosco. A adoração nos capacita para a vida. Portanto, a adoração a Deus é didática.
Este é outro critério para julgarmos o nosso culto. Adoramos? Seja em particular, seja no culto público, devemos nos perguntar: O que Deus nos falou hoje? Pode ser pela mensagem, pela música, pela voz silenciosa no coração. O que importa é se Ele falou.
Na adoração Deus fala conosco. E o que nos fala?
Nesta história, lemos que o profeta Jaaziel pregou: "Escutem, todos os que vivem em Judá e em Jerusalém e o rei Josafá! Assim lhes diz o Senhor: ‘Não tenham medo nem fiquem desanimados por causa desse exército enorme. Pois a batalha não é de vocês, mas de Deus. (...) Vocês não precisarão lutar nessa batalha. Tomem suas posições, permaneçam firmes e vejam o livramento que o Senhor lhes dará, o Judá, o Jerusalém. Não tenham medo nem desanimem. Saiam para enfrentá-los amanhã, e o Senhor estará com vocês’" (versos 15-17).
Adoração dá ânimo à vida. Você anda com medo? Adore a Deus. Você anda desanimado? Deixe Deus falar ao seu coração enquanto presta culto a Ele, em casa ou no templo. Você contempla a Deus, mas Ele não está mudo.
Quando adoramos a Deus, somos corrigidos por Ele. A graça inclui a disciplina.
Josafá, o grande Josafá (que diremos de nós, tão pequenos!), tinha algo a ser corrigido na sua vida. São assim os heróis da Bíblia, verdadeiros como nós devemos ser.
Josafá, por medo ou por comodismo, não reformou por completo a religião. Como o povo gostava de adorar aos ídolos (é assim em todos os tempos, até hoje), o rei deixou os altares para ali se satisfazerem. Como resultado, o povo não se converteu a Deus; logo após a morte do rei, afundou-se por completo na lama da idolatria.
Josafá, por auto-confiança e falta de humildade, deixou de confiar em Deus para a vitória e passou a confiar na sua própria força. Por isto, fez um acordo operacional com seu vizinho, o ímpio Acazias, que governava o reino de Israel, no norte. Os dois se juntaram para construir navios mercantes. O problema é que Acazias não temia a Deus, como Josafá temia. O problema é que ambos estavam permitindo que o poderio tecno-econômico lhes subisse ao palácio. Deus não recusa o crescimento tecno-econômico; Deus recusa a soberba que pode acompanhar o crescimento, seja ele profissional ou financeiro, porque a soberba antecede a queda. A Bíblia ecoa esta exortação ("Quando vem o orgulho, chega a desgraça, mas a sabedoria está com os humildes" -- Provérbios 11.2; "O orgulho vem antes da destruição; o espírito altivo, antes da queda" -- Provérbios 16.18). Por isto, frustrou o projeto. (Conforme lemos, o profeta Eliézer (...) profetizou contra Josafá, dizendo: `Por haver feito um tratado com Acazias, o Senhor destruirá o que você fez'. Assim, os navios naufragaram e não se pôde cumprir o tratado comercial". -- verso 37).
A advertência de Eliézer é para nos lembrar que nosso louvor deve ser só para Deus, não para nenhum Acazias poderoso. Nosso louvor é para Deus, não para nós mesmos, não para nossas causas, não para coisas, não para pessoas.
Devemos cuidar para que outros deuses não ocupem nossos "altares" de adoração. Para adorar, precisamos vigiar, para que não confiemos em nós mesmos ou em nossa tecnologia. E esta é a área de maior perigo. Adorar é perigoso. A adoração pode se tornar idolatria. Adoração a Deus demanda integridade diante de Deus. Podemos adorar a Deus sem integridade. Podemos adorar a Deus e ter outros deuses no bolso, para uma necessidade que, quem sabe, Deus não deve ser consultado, até porque já conhecemos Sua expressa vontade como apresentada em Sua Palavra.
Milagres no meio da crise!!!
Há 8 anos
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